"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos"
"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos" é uma linda frase atribuída a Anaïs Nin, mas adoro o trabalho super nerd do Quote Investigator, cuja conclusão é que o certo é dizer "Anônimo". https://quoteinvestigator.com/2014/03/09/as-we-are/
O quanto um padrão de acontecimentos ou de tipos de pessoas que encontramos representa um espelho do nosso íntimo é um conceito que eu desconfiava que estava certo, mas faz pouco tempo que aceitei, e nem é plenamente, de vez em quando ainda escorrego no tomate.
Faz vários meses que a Silvana me fala disso, e quando eu ouvia me soava verdadeiro, mas ainda era difícil realmente entender. Era principalmente nas questões com a minha Chama Gêmea.
"Mas eu fiz tudo que podia!"
"Eu me separei! Eu não sou mais uma mulher num relacionamento aberto, agora eu sou solteira!"
"Como assim, não estou esperando por ele? Eu estou aqui. Ele é tão destemido pra tanta coisa mas não tem coragem de tomar um café comigo"
Fora a lambada do final da relação com o meu Psicopata, em que eu ficava lendo tudo quanto é texto de narcisismo, e achando que retratava e-xa-ta-men-te minha situação. A pobre empata boazinha que nunca fez mal pra ninguém e caiu nas garras do narcisista malvado que tinha inveja do meu brilho e da minha luz.
Essa foi uma dica importante em um livro de Sagrado Feminino que li, infelizmente não lembro a autora: "Sempre que tiver drama, provavelmente está errado".
Outra dica fundamental, vinda da Silvana "Você viveu essa paixão com o [nome do meu Psicopata] porque vocês combinavam nas suas dores".
Ressonância, sintonia, vibração, espelho.
Desculpem o português chulo, mas o momento exige: se tem merda rolando nas suas relações, seja amor, família, trabalho, tenha certeza de que tem merda fermentando dentro de você.
A realidade que a gente vive, as situações que surgem, as pessoas com quem a gente se conecta: nada é gratuito ou aleatório. Acontece com a gente porque combina com a gente.
Juro.
Tudo?
Talvez. Ainda que eu não garanta, não sei dizer se a sincronicidade é tão encaixadinha e perfeita assim. Mas para as dores recorrentes, não tenho dúvida alguma.
- Se você com frequência é traída nos seus relacionamentos, tenha certeza de que tem coisas bem quebradas dentro de você que é preciso consertar se quiser sair dessa tortura.
- Se você sempre é abandonada.
- Se você sempre é humilhada.
Tenha certeza de que não é "o mundo que é ruim, pessoas horríveis, homens cafajestes".
O problema está dentro de você.
Todos temos fraquezas e traumas, em geral vindos da infância. Quanto mais ferida aberta, mais atrai desgraça, repetição das situações que nos machucaram. É como ter um corte, entrar na água e atrair os predadores, eles sentem de longe que você tem aquela fragilidade.
É assim que nossa realidade espelha nosso interior.
Por isso é possível sintetizar no "não vemos as pessoas como elas são, mas como nós somos".
Se a maioria das suas relações, ou se com frequência você vive situações ruins, tenha certeza de que elas expressam suas feridas internas.
O que você falou sobre o mundo ser um lugar em que 90% das pessoas julgam e criticam o tempo todo não é verdade. É apenas a sua realidade, porque você é uma pessoa que julga e critica o tempo todo.
Mesmo que você não fale. O fato de você olhar para uma pessoa e julgá-la em termos de padrões estéticos, fórmulas matemáticas, feia, bonita: essa sua escolha em achar que isso é algo para se orgulhar atrai pessoas que também olham para você e te julgam e criticam.
Mas não é que o mundo é assim, seu círculo de conhecidos é assim porque expressam seus valores, sua energia. Desculpe pelo momento para ser explicitamente metida, mas eu por exemplo tenho conhecidos e amigos que só me elogiam, só me falam coisas fofas, queridas, carinhosas, profundas e comoventes.
Vou fazer um post separado para tentar te explicar o problemão que é acreditar que julgar com rigor é motivo para se orgulhar.