De quem é a responsabilidade da sua vida não engrenar?

Comecei a escrever sobre os motivos da sua vida não engrenar, mas como o tema é vasto, será dividido em vários posts. É preciso entender que se você não está prosperando, há motivos do seu subconsciente para isso. A maior parte das coisas que acontecem na nossa vida, alguns diriam até que todas, são causadas por nós mesmos. We are the dreamers of this dream.

Muitas das coisas que vou escrever ouvi nas aulas da equipe de O Corpo Explica - OCE. Você os encontra no Instagram, no YouTube, no Facebook. Eu os considero fantásticos, não só pelo método, como por terem escolhido abordagens duras. Já fiz vários tipos de terapia, mas nunca vi terapeutas tão duros -- e assertivos -- como os professores do OCE. Comprei o curso deles, estou estudando e num futuro próximo serei analista corporal.

Além do método que demonstra como vários traços da sua personalidade são revelados pelo formato do seu corpo, eles ousam ainda mais, e tudo que tenho ouvido faz muito sentido pra mim.

Por exemplo, eles afirmam que pobreza é doença. Quem é pobre não é um adulto saudável.

Veja bem: não estou falando sobre culpa, ninguém nunca falou ou falaria que uma pessoa que nasceu em uma família muito pobre e viveu pobre a vida toda tem culpa pela situação, ou que todos têm as mesmas chances e capacidades. Mas entendo e concordo que a pobreza é a expressão de diversas deficiências, traumas, problemas, fraquezas -- que poderiam ser definidas como uma doença que impede a pessoa de prosperar na vida. É uma doença, mas não é uma doença incurável. Qualquer pessoa pode passar por um processo terapêutico, em que ela poderia escolher tratar das deficiências que a impedem de prosperar, e assim seguir para a vida. Entretanto, o processo pode ser extremamente doloroso, e muitas pessoas mesmo quando se deparam com a oportunidade de "sarar" preferem continuar com a doença, porque é a situação a que elas já estão acostumadas, e o medo do desconhecido -- e do sucesso, pode ser maior do que o sofrimento.

Para tentar explicar essa ideia tão polêmica, vou dar exemplos ouvidos durante as aulas.

O Elton, um dos fundadores do OCE, contou de um colega que não conseguia prosperar profissionalmente. Eles fizeram uma análise sobre a vida desse homem e entenderam o seguinte: esse homem começava pequenos negócios que nunca davam certo. Mas ao mesmo tempo vinha de uma família bem religiosa, e tinha um papel na comunidade, acho que exercia função de pastor também, e os pais dele tinham muito orgulho dele.

Conversando com o Elton, esse homem entendeu que ele se sabotava profissionalmente porque se ele tivesse sucesso nos negócios, ele corria o risco de ter que mudar de vida. De ter que trabalhar mais, largar o trabalho como pastor, ter que aguentar acusações da família e dos amigos de que ele tinha mudado e que agora era um homem ganancioso, que não tinha mais Deus no coração.

Ele estava sempre com problemas de dinheiro, mas tinha o ganho indireto de aprovação da família e da comunidade. Ele era pobre, mas todos falavam do quanto ele era um homem bom, sempre cuidando de todos, principalmente dos pais.

Se os negócios desse homem começassem a dar certo, ele teria que trabalhar mais, não poderia mais ser o pastor, nem ficar ajudando e sendo bom para todos da comunidade. Teria menos tempo para os pais. Mesmo sem ter clareza disso, o que ele fazia no seu subconsciente era dar um jeito de se auto-sabotar, para não correr o risco de passar pelas terríveis acusações de ter se tornado um homem ruim.

Você pode pensar "bom... mas ser bom para todos, ajudar a comunidade e cuidar dos pais são ações muito boas e louváveis, certo? É compreensível que esse homem tivesse tanto receio de mudar de vida".

Mas o que meus professores falam, e concordei, é que a resposta é não. Não é bom ser alguém que cuida de todos, e falarei disso em outro post.

Por enquanto, se você é alguém que não está prosperando profissionalmente, faça o exercício mental que o colega do Elton fez: como seria sua vida se você começasse a ganhar dinheiro, se sua vida profissional começasse a engrenar?

- Será que isso te levaria a ter que sair de perto dos seus pais?

- Será que você seria obrigado a parar de ficar cuidando de um monte de pessoas e questões que não são realmente sua responsabilidade, mas que você a-do-ra os elogios que as pessoas te fazem sobre o quanto você é uma pessoa boa por resolver tanta coisa, cuidar de tantas pessoas?

- Será que você tem medo das responsabilidades que viriam com uma carreira mais arrojada, e assim fica arrumando um monte de nós, emaranhados e desculpas para nunca se focar realmente, a nunca se dedicar aos seus projetos de vida?

- Será que seus pais te pressionavam tanto sobre expectativas do seu sucesso profissional, te encheram tanto o saco, foram tão rigorosos, te traumatizaram tanto na infância e adolescência que hoje é um enorme prazer decepcioná-los, sendo alguém que não prospera?

Cada vez mais eu acredito que todos os nossos perrengues têm motivo, e que o motivo parte de nós. Mas pra mim não é um ponto de vista horroroso, pelo contrário. Ao assumir responsabilidade, eu também ganho poder para mudar o cenário.

Nós somos os sonhadores deste sonho, nós somos o diretor da série e também os roteiristas e produtores. Tudo que a gente precisa entender é que se a história não está boa, não temos alguém para culpar. 

Os responsáveis somos nós mesmos.

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